Keep It Simple #51

Versão que você se tornou está te limitando?

Depois de umas semanas de férias no Brasil — necessárias e especiais — cá estou eu de volta. Um semestre todinho já se foi e um outro, novinho em folha, está só começando. E, com esse tempo de descanso, vieram também muitas reflexões para tornar o segundo semestre ainda mais potente.

A principal delas surgiu ao reencontrar, pessoalmente, alguns ex-colegas de trabalho, mentorados e amigas queridas: como nos adaptamos ao meio em que estamos.

Como, pouco a pouco, vamos nos moldando para sermos aceitos, ou até para facilitar o dia a dia e evitar conflitos.

Refletindo mais profundamente sobre isso, me vi pensando nas trajetórias profissionais que construímos. Você provavelmente também já precisou se adaptar.

Talvez tenha mudado seu jeito de falar, de se posicionar, de expressar suas ideias… ou até de se vestir — tudo para ser aceito, manter a harmonia, se proteger ou simplesmente “fazer dar certo”.

Mas a pergunta que fica é:

quem você precisou deixar de ser nesse processo?

Essa adaptação, embora muitas vezes estratégica, pode estar cobrando um preço alto demais. Talvez você sinta que algo em você está travado. Que suas ideias não fluem como antes. Que está sempre se policiando para não parecer “demais”.

A verdade é que, quando nos moldamos demais, corremos o risco de nos perder de nós mesmos.

E isso não afeta só o seu bem-estar. Impacta também sua liderança, sua capacidade de inspirar, sua potência criativa — e, claro, os seus resultados.

Ne edicao de hoje te convido a refletir: o quanto da sua essência tem sido deixada de lado?

O que você tem escondido por medo de não ser compreendido?

E, mais importante:

como seria sua atuação se você pudesse integrar quem você realmente é com a forma como se posiciona no trabalho?

Boa leitura! ;)

Reconectar

Para refletir ainda maisTalvez você esteja lendo tudo isso e pensando:

“Sim, eu também já fiz isso.”

E está tudo bem. Adaptar-se é uma habilidade poderosa — mas quando deixamos de lado partes fundamentais de quem somos para nos encaixar, o risco é alto: perdemos autenticidade, energia e, aos poucos, o entusiasmo.

Por isso, antes de seguir para as dicas práticas, quero te convidar a uma pausa consciente. Uma pausa para olhar para dentro.

💭 Quais partes de você têm sido abafadas no ambiente profissional?

💭 Você tem se sentido inteiro(a) na forma como se expressa no trabalho — ou está operando em uma versão editada de si mesmo?

💭 O que você acredita que precisa resgatar para se sentir mais leve, real e alinhado?

Essas perguntas não têm uma resposta certa ou pronta. Mas têm um poder enorme: o de te reconectar com a sua essência.

Para refletir ainda mais

Ao longo da vida profissional, aprendemos a nos adaptar para sermos percebidos como “profissionais sérios”, “bons líderes”, “flexíveis”, “fáceis de lidar”. Mas em algum ponto, isso vira excesso.

🔁 Repetimos padrões sem perceber.

🤐 Silenciamos opiniões que não se encaixam.

🧩 E vamos vivendo no piloto automático de uma versão funcional… mas distante da nossa potência real.

E você? Está vivendo a sua verdade no trabalho — ou só o que é permitido?

🛠 Mão na massa: 3 passos para começar o reencontro com a sua identidade profissional

  1. Mapeie seus silêncios.

    Anote 3 situações recentes em que você se anulou, se calou ou se adaptou além do necessário. Qual era o medo por trás disso?

  2. Ensaie um movimento de volta.

    Escolha uma dessas situações e imagine como você gostaria de ter se expressado de verdade.

    Em seguida, escolha um contexto seguro e leve onde possa testar esse comportamento autêntico na prática.

  3. Crie um ritual de conexão.

    Reserve 5 minutos por dia para revisar: “Hoje eu fui fiel ao que acredito? Onde me traí um pouquinho para agradar?”

    Esse exercício diário fortalece sua autoliderança e te aproxima da versão mais real (e mais potente) de você.

🖼️ Imagem da semana:

Ao reencontrar sua identidade, você não só se sente mais leve — como também se torna mais influente e presente no que faz.

💡 Frase da semana:

“A maior tragédia da vida não é a morte, mas o que deixamos morrer dentro de nós enquanto estamos vivos.”

Norman Cousins

✨ Convite

Se esse tema mexeu com você, eu te convido para participar da aula gratuita no dia 16 de Agosto, onde vamos refletir sobre a Versão Adaptada que você se tornou — e se ela está te limitando.

Será um momento único, com trocas potentes e soluções para você aplicar no dia a dia.

Um espaço seguro e transformador para você retomar o seu protagonismo com autenticidade, estratégia e intenção.

Acompanhe pelo meu Instagram @marcelaa_mendes e nas próximas edições da Newsletter, onde irei compartilhar mais detalhes.

P.S.: Sempre que volto de férias, volto mais conectada com o que realmente importa. E compartilhar isso com você faz parte disso 💛